Quem Somos
“Para que se salve uma, daria a minha vida”
(Sta. Maria Micaela do Santíssimo Sacramento)
Maria Micaela nasceu em Madrid a 1 de janeiro de 1809, no seio de uma família nobre.
Respondendo a uma necessidade urgente do seu tempo, e no meio de dificuldades, incompreensões e perseguições, dedicou-se a libertar e promover a mulher oprimida pela prostituição. Deslocava-se aos “prostíbulos”, no centro de Madrid, propondo às mulheres um novo projeto de vida. Em 1856 fundou a Congregação das Religiosas Adoradoras Escravas do Santíssimo Sacramento e da Caridade. Faleceu a 24 de agosto de 1865 em Valência, Espanha.
Carisma e Missão
As Irmãs Adoradoras estão presentes em 25 países da Europa, América, Ásia e África e desenvolvem vários projetos sociais na área da promoção da Mulher excluída e explorada, tornando vivo e atual o Carisma de Adoração-Libertação recebido através da sua fundadora, Maria Micaela Desmasières, no século XIX, em Espanha.
A identidade das Irmãs Adoradoras fundamenta-se na Eucaristia, de onde germina e cresce a Missão de acompanhar a Mulher explorada pela prostituição ou vítima de outras situações de violência, promovendo processos de libertação e dignificação. A devoção de Micaela à Eucaristia valeu-lhe o nome de ‘Madre Sacramento’.
A fidelidade ao Carisma recebido leva ao compromisso de o viver, desenvolver e recriar, encarnando-o em cada época, país ou situação, segundo as necessidades da sociedade e da Igreja, e a denunciar estruturas que não respeitem os Direitos Humanos.
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Origem e História
A Fundação Madre Sacramento é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) instituída pela Congregação Religiosa das Irmãs Adoradoras, com personalidade jurídica canónica, de utilidade pública, sem fins lucrativos e de âmbito nacional. A finalidade primordial da Fundação é a promoção integral de mulheres em situação de especial vulnerabilidade, nomeadamente, em contextos de violência, tráfico de pessoas, exploração sexual, entre outras.
No ano de 1988, aproveitando o ar fresco que soprava na sociedade, na Igreja e na própria Congregação, as Irmãs Adoradoras aventuraram-se na criação de uma inovadora experiência de acolhimento com estilo de ‘vida em família com as utentes’, indo ao encontro da desinstitucionalização generalizada. A esta Resposta Social deu-se o nome oficial de Lar Madre Sacramento, com Acordo de Cooperação celebrado, à época, com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Foi uma resposta pioneira, seguida por outras instituições nos dias de hoje.
Anos mais tarde, criaram uma outra Resposta Social, em Lisboa, chamada Lar Jorbalán, com idêntica finalidade, na vertente de acolhimento em Comunidade de Inserção.
No ano de 2009, as Irmãs Adoradoras criaram uma outra Resposta Social, em Coimbra, denominada Equipa de Intervenção Social ERGUE-TE e posteriormente a Estrutura de Emprego Protegido (EEP), para acompanhamento de pessoas em contextos de prostituição.
Nesse mesmo ano, querendo unir forças e recursos, foram aglutinadas estas Respostas Sociais dando origem à Fundação Madre Sacramento (FMS), cujo nome faz jus à Fundadora da Congregação Religiosa, Sta. Mª Micaela do Santíssimo Sacramento.
Tendo na base o respeito dos Direitos Humanos, a FMS rege-se por Valores, Princípios pedagógicos e Filosofia própria fundacional espelhados nos seus Estatutos.
Sustenta-se através de Acordos de Cooperação celebrados com a Segurança Social, para responder adequadamente aos públicos-alvo das respetivas Respostas Sociais. Acresce em valor a estreita colaboração com outras organizações e entidades públicas e privadas, eclesiais e civis, a nível nacional e internacional.
A FMS orgulha-se do apreço que recebe da sociedade civil, enriquecida pela colaboração de excelência do seu Voluntariado, bem como dos Recursos Humanos (Equipas Técnicas multidisciplinares) e das Comunidades de Irmãs que garantem a presença carismática originária.
Parafraseando o poeta, acreditamos que “Deus quer, nós alimentamos o sonho e a Obra nascida continua a crescer” na certeza de prosseguir a vereda iniciada por Sta. Mª Micaela “…nem que seja só por uma…”.
